Por mais voltas que o mundo dê, um dia todos nós
iremos nos encontrar em algum ponto - Charles Chaplin
– Aí está você, demorou!
– Vim assim que recebi sua mensagem, que você enviou exatamente
cinco horas atrás. Qual é dessa vez?
– Qual é dessa vez o que? Eu faço o favor de tirar do
inferno que é teu casamento por um final de semana e é assim que você me
agradece?
– Você o que? Você me
disse que queria tratar de negócios, Jared! Não acredito que você me fez sair
de Chicago as pressas pra nada! Não sei porque eu te dou ouvidos, eu deveria...
– Calma meu amigo! Relaxa! Zac, todo mundo sabe, que você
não sai mais de casa, só é da casa pro trabalho e mais nada. Só trabalha para
sustentar aquela sua mulherzinha peruinha, de meia tigela... Meu amigo, o que é
isso? Onde está o Zac que eu conheço? O que adorava uma saída com os amigos?
Sabe, se divertir... Assistir uma partida dos Lakers... Tomar umas...
Ambos
estavam parados na varanda da casa de Jared. Zac com uma mala na mão, e uma
pasta, ciente de que estava indo para mais uma viagem de trabalho, aonde ia se
reunir com outros empresários, e tratar de papeladas, projetos, e algumas
burocracias. Megan nem se importou quando ele disse que tinha que viajar
urgentemente para Nova York, e que não sabia quando voltava. Ele não sabia se
isso era porque viagens assim, já havia se tornado habitual, ou se ela mesma
não ligava para o fato de que eles ainda estavam casados. Zac a deixou se
bronzeando a beira da piscina, ao lado de uma amiga. Ela nem o levou até a
porta, ou disse “vou sentir sua falta, volte logo”, ou muito menos ajudou o
arrumar as malas, simplesmente olhou para como se olhasse para um estranho, pôs
os óculos e voltou a tagarelar com a amiga.
– Qual foi a parte do que representa essa aliança no meu
dedo, que você não entendeu? – Engraçado, ele queria ter feito essa mesma
pergunta a Megan, quando estava saindo de casa, mas não fez, pois já sabia a
resposta, ele tinha dinheiro, e ela não precisaria trabalhar nunca se quisesse.
Era só se comportar, e empurrar aquele casamento com a barriga, até ela se
cansar, não que os motivos reais que a levaram para aquele casamento fossem
esses. Ele sabia que ela havia o amado, mas assim como ele, não amava mais, era
simples assim.
– Isso aqui não é um casamento não, meu caro! Isso aqui é
uma prisão em liberdade condicional! Você usa uma algema no dedo! – disse Jared
puxando a aliança do dedo de Zac e jogando-a no lixo. Zac abriu a boca para
protestar, mas Jared o impediu: – Assuma que você quis fazer isso, só não teve
coragem! – Zac permaneceu calado, não havia o que dizer, Jared o conhecia bem.
Sorrindo Jared continuou– É para isso que servem os amigos! Nos impulsionam
para fazermos as coisas que queremos fazer e que não temos coragem! Vamos
entrar!
A casa de Jared não era nenhum exemplo de organização, mas também
não era nenhum chiqueiro, pelo menos era isso que ele dizia a todos que ali
entravam. O sofá era de couro, e aparentava ser novo, havia uma grande TV de plasma
na estante, um aparelho de som e alguns cd’s de bandas de rock. No tapete
haviam marcas de calçados, e restos de pipoca, e pizza, ou algo do tipo. O telefone ficava a dois passos do sofá e ao
lado dele havia uma latinha de cerveja vazia.
A mesa de jantar havia sido substituída por uma pesa de sinuca, e havia
tacos e bolas ao lado.
– Foi eu mesmo que decorei! – Jared falou orgulhosamente.
– Esses restos de comida espalhados, fazem parte da
decoração? – Zac perguntou, tentando manter a calma. Não estava gostando do
rumo que as coisas estavam tomando. Viera para Nova York pensando que iria
trabalhar, mas não era isso que parecia que iria acontecer. Colocou a mala do
lado do sofá e olhou escada acima. –
Onde eu vou dormir?
– Quem falou em dormir, Zac? – Jared brincou, e Zac o
encarou espantado. – Brincadeira, você conhece a casa, último quarto a
esquerda. Fique feliz, passei ontem na lavanderia e lavei os cobertores, e as
toalhas desse quarto, ou seja... Está tudo limpinho! Mas se estiver com fome,
se vira, não vou ser babá de marmanjo nenhum!
– Como se você soubesse cozinhar...
– E você sabe?
– Não, mas isso não vem ao caso! O que está havendo Jared?
Porque me fez vir até aqui?
Stella abriu a porta, e Vanessa acompanhada de Verónique
adentrou com malas e malas, e sacos de presentes. Gina apareceu na sala e
abraçou a filha. Demoraram um bom tempo sentadas, matando a saudade, e falando
das novidades e de tudo que ocorrera nos últimos meses.
– Você está mais alta, ou é impressão minha Stella? –
Vanessa perguntou sarcástica. Ela sabia que a irmã assim como ela ia crescer
muito, e desde a última vez que Vanessa passara aqui, Stella não havia crescido
mais que cinco centímetros.
– Haha... Engraçadinha! – todos sorriram – Vou ficar mais
alta que você, nem que seja um centímetro! Eu ainda posso crescer... E você... –
Stella riu.
– Pirralha! – Vanessa sorriu – Então mamãe, meu quarto está
pronto?
Vanessa adentrou o quarto, que já não era mais o mesmo. Sua
cama havia sido trocada meses atrás na sua última visita, na parede reinava um azul-claro, e os móveis
já eram novos, e completamente modernos. Só havia deixado duas coisas no mesmo
lugar... Os patins, e o mural de fotografias, onde ela guardava ainda a fotografia daquela noite de Natal, quando
conhecera aquele homem, que há tanto tempo não via.
– Calma Zac, vamos comer alguma coisa! A lanchonete da
esquina, tem um hambúrguer “dahora”.
Zac suspirou cansado, até que horas aquele joguinho
continuaria? No caminho até a lanchonete, Zac parou para olhar três adolescentes,
que estavam fazendo uma espécie de bazar na calçada.
– É para ajudar na viagem desse semestre, moço. Qualquer
coisa é 10 dólares, moço! – a menina, que aparentava ser a líder do trio,
anunciara.
– Qualquer coisa? – Zac perguntou sorrindo, lembrando de que
as vezes inventava de vender suas figurinhas para conseguir uma bola de
basquete nova, quando estava na escola. – Hum... Esse livro parece ser
interessante, Zac apontou pra primeira coisa que viu na bancada.
– É um livro de receitas, e é francês, Zac! – Jared avisou
não acreditando no que o amigo estava prestes a comprar – Desde quando você
fala francês?
– Desde que terminei meu curso semestre passado, vai ser bom
para exercitar, e eu vou ainda aprender a cozinhar! – Na verdade Zac não estava
preocupado com uma coisa e nem outra, só queria ajudar os três adolescentes,
pois sabia que qualquer venda era muito para eles.
– Ainda acho que você fez besteira quando comprastes esse livro, dez dólares jogados
fora! – Jared falou quando se sentaram a uma das mesas da lanchonete. – Além de
ser usado, é ainda em francês, e de receitas!
– Não acho, falando nisso... Deixa-me ver o que ele diz! –
Ele retirou o livro da Sacola, e mal acreditou quando leu o que estava escrito
na primeira página. Zac perdeu a fala, olhou para Jared com os olhos arregalados.
– O que foi? – Jared inquiriu curioso. – Não me diga que tem
uma barata morta dentro desse livro...
– Não, Jared! É a assinatura dela! É a letra dela! Ela assinou
isso quando nos conhecemos! É a letra da Vanessa... Da minha Vanessa!
Obrigada por todos os comentários anteriores... Entre No Saltos e Sonhos beijocas....
Até mais!! Espero que tenham gostado do capitulo
6 comentários:
AAAAAAAAAAAAAAA
Vc voltou a postar aki!
Adoreiiii o cap!
Mas uma prova de que o destino tá tentando juntar os dois!
Posta logo
Bjos amorê
AAAAAAAAAAAAAAAAAA
Amei demais *---*
Eles vão se reencontrar \o/
Posta logoooo!
Xx
Eu adorei, adorei mesmo !!!!
Ainda bem que continuas-te a escrever!!!! Posta logo !!!!
Nossa, perfeito!
Que saudades dessa história linda!
*-*
obrigada por voltar, ta?! de verdade.
E eu sabia que isso ia acontecer.
jájá é a cédula (de cinco dolares ne?) rsrsrs enfimmm...
Morrendo de curiosidades.
Assim que der, posta ta bom??!!
Brigadinha,
Bjinhos!
Nosaaa adorein não vejo s hora deles se reencontrarem de novo. morrendo de curiosidades. beijosss!
Fogo já estava com saudadinhas deste blog... tu tens um talento especial para isto...
beijinhos...
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